terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Lolita

Que seria de mim sem a minha Aninhas?... limitou-se a dizer-me "tens que arranjar uma coisa que gostes e depois desenha-a de todas as maneiras!", ou algo deste tipo... ora o que eu gosto são sevilhanas! Aí está a Lolita no seu melhor!



sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

momentos (curtinhos) de lucidez

Tenho uns textinhos para pôr aqui há uns bons meses. Visto que não tenho desenhos novos, decidi pôr então um desses textos - o mais recente deles - que é de Julho deste ano.


Qualquer pretexto é válido para trabalhar. O resultado desse pretexto é diferente de artista para artista e é aí que se distinguem uns dos outros, no resultado final. Alguns artistas dão mais importância ao pretexto que ao processo e finalização da obra, mas o que fica é isto. A ideia é só uma ideia. É importante para quem a tem, mas não sendo uma descoberta, o que ela tem de interessante é o caminho por onde nos leva e o sítio a que chegamos. Se esse sítio não nos agrada e se o precurso não nos mostrou mais do que os prédios cinzentos a que estamos habituados, talvez não tenhamos cumprido o nosso objectivo...
Para que as palavras não ocupem o lugar da forma, da imagem, há que dar importância a estas e deixar que cumpram a sua função, que é a de fazer as pessoas sentir.
A arte pode ou não ter um papel de "intervenção", de crítica, de chamada de atenção, mas a verdade é que quem vai às exposições, quem consome arte está alerta para estas questões, e quem precisa de ser alertado não tem acesso (no sentido em que essa educação não lhe foi dada, ou o interesse não foi estimulado). Então acaba por se fazer uma exibição de "sabedoria", ou um enfeite do senso comum e com essas palavras embeleza-se a arte.
O conceito pode e deve estar lá, mas não tem que ser explicado minuciosamente e não tem que ser/parecer filosofia. É arte.
Os sentidos devem estar alerta. E o que nos faz "sentir" também nos faz "pensar".